Imagem Oficial retirada da página de facebook do Município de Fafe |
Acabo de chegar da conferência "Que caminho para o PDM de Fafe", promovido pela autarquia.
Numa sala cheia de apaniguados políticos, presidentes de junta, promotores e técnicos ligados ao sector da construção civil, funcionários do município, confesso que me senti um bocado como "peixe fora de água".
Da conferência ressalta que o projecto de revisão continua no segredo dos deuses, Desenganem-se aqueles que este evento iria desvendar uma ideia, uma linha orientadora, uma luz (pequena que fosse) sobre aquele instrumento de planeamento.
Continua por desvendar aquilo que o município pensa ser o caminho que o concelho deve perseguir. Se é pela concentração dos aglomerados ou pela continuação da pulverização da ocupação do solo. Se é pela concentração de serviços ou pela descentralização. Que áreas económicas entende serem estratégicas para o desenvolvimento do território. Especialização ou não das actividades.
Ideias e frases desgarradas como a Zona Industrial de Regadas para captação de indústria de calçado, uma parceria com a Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e outras mais vagas ainda foram "tiros de pólvora seca" para quem ia à espera de ouvir projectos.
Para um sector designado pelo sr Presidente da Câmara como PPM (prioridade política máxima) pareceu-me que há, ainda, muito caminho pela frente. Principalmente porque a opção é para ter o plano aprovado nos próximos meses. Com erros, imperfeito, mas aprovado antes da nova legislação que vai ser mais restritiva.
Num processo que já leva 13 ou 14 anos acho importante queimar algumas etapas e terminar a revisão até porque, como foi dito, "não há planos perfeitos". Temo, no entanto, que a fase de discussão pública sirva, somente, para classificar ou desclassificar uma ou outra parcela a pedido dos proprietários. Não espero que seja nessa fase que se altere algo de significativo na filosofia do documento. Até pelo atraso que isso significaria.
Assim, vamos ter o novo PDM imposto pelo executivo e seus técnicos, obedecendo a critérios e sujeito a influências que não se conhecem. Não esqueçamos, ainda, que parte do trabalho de campo foi feito há anos e que os tempos que vivemos são muito diferentes dos que tínhamos há 5 anos atrás.
Espero que a solução a apresentar sirva os anseios e interesses da população fafense no seu todo e não escondo que torço para que a proposta seja o mais equilibrada possível sendo certo que não vai agradar a todos.
Até já!!!!
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