Avançar para o conteúdo principal

A mal-amada Naturfafe



Começo por esclarecer: represento 13% do capital da Naturfafe, sou director desta cooperativa desde a sua fundação até aos dias de hoje, elaborei a sua definição estratégica, colaborei com outro director (da parte privada) numa proposta de reorganização dos recursos humanos e sempre estive comprometido com o seu objectivo e, por isso, dediquei muitas horas do meu tempo a esta instituição.
Nada do que é dito acima me retira o espírito crítico (de auto-crítica, também) e continuo a sentir-me livre para emitir uma opinião desta vez até numa perspectiva diferente. Desta vez faço parte do sujeito que, desde o seu aparecimento, foi olhada com desconfiança e descrença.
O que era uma boa ideia rapidamente passou a ser desvirtuada. Desde logo com a nomeação do seu administrador-delegado, António Teixeira Alves, figura que havia saído do executivo (onde tutelava a actividade) bastante fragilizado por declarações públicas do antigo presidente da câmara, José Ribeiro.
O objecto apresentado para a Naturfafe foi a concretização da política do município para o turismo. Uma boa ideia se este tivesse uma ideia do que quer para o turismo e isso não se verifica.
A "construção" da Naturfafe passou, então, a ser um depósito de espaços e recursos humanos que saíram da esfera da câmara o que onera a operação da cooperativa. O seu orçamento anual está, à partida, dedicado a custos com pessoal e custos de operação.
Uma situação que já não era de fácil equilíbrio veio a agravar-se com duas novidades: o cine-teatro cuja operação representou para a Naturfafe um acréscimo de custos (contratação de técnicos em condições não controladas pelo contratante e horas extraordinárias) sem a correspondente transferência de verbas. Situação similar à do WRC rally sprint em que parte dos custos são da cooperativa.
Aqui chegados já se começa a perceber que isto não podia dar certo!
A parte de culpa própria da Naturfafe, que também a tem, está na incapacidade revelada para se constituir como um player do turismo.
Os cooperantes não contam com a sua cooperativa para estimular a actividade, não há grande cooperação e as acções que há são desgarradas, mal planeadas e, assim, destinadas ao insucesso.
Ainda assim, acredito que com uma liderança forte, motivadora e arrojada a cooperativa sobreviverá e fará um bom trabalho na promoção do turismo e lazer em Fafe. Há potencial físico, técnico e, principalmente, humano mas esse capital tem sido desbaratado por inépcia da direcção e do administrador-delegado. Também o município, agora com nova equipa, deverá ajustar o contrato-programa com a Naturfafe pagando o que é justo (ou retirando encargos) para poder exigir mais. Deixem de fazer da cooperativa um saco de pancada que apenas serve para varrer despesa para baixo do tapete.
Até já!

Comentários

  1. Ó Ricardo, para que serve mesmo a NATURFAF?

    ResponderEliminar
  2. "contratação de técnicos em condições não controladas pelo contratante..." Chamem a polícia!

    ResponderEliminar
  3. Pedro Sousa, a Naturfafe deveria servir para promover o turismo em Fafe em conjunto com os operadores. Nesta altura serve para, e aí discordo em parte do Engenheiro Domingos, para tirar despesa e pessoal do município. Ressalvo, como penso que fica claro no meu texto, que considero a Naturfafe uma boa ideia que foi mal concretizada.

    ResponderEliminar
  4. Concordo plenamente contigo.mais uma boa ideia mal concretizada e gerida em Fafe.Uma boa ideia que se tornou num saco de gatos sem estratégia e criterios .Um Survedor de dinheiro e de responsabilidades ou corretamente de Irresponsabilidade que se tornou unicamente num aparcamento de dividas e boys, um chapeu de chuva juridico para a asneira, uma verdadeira barrata tonta sem rumo e como tal sem futuro, mantendo este rumo só lhe restara a falência como designio

    ResponderEliminar
  5. Se me permites, transcrevo parte da intervenção que os IP Fafe tiveram quando o assunto foi discutido, por nossa proposta, na Assembleia Municipal. Como é extenso, divido em 3 comentários.
    A Naturfafe – Prestação de Serviços de Turismo; Desporto; Cultura e Tempos Livres, CRL, foi criada por deliberação da Assembleia Municipal de 28 de Abril de 2006.
    Sucedeu, substituindo-a, à Empresa Municipal de Turismo, SA, porque esta vinha «…a sentir dificuldades em prosseguir e cumprir os fins de interesse público municipal…», porque era necessário «…criar uma nova entidade imbuída de mais dinâmica e maior profissionalismo…», e porque o Município tinha construído novos equipamentos que poderiam «…vir a ser potenciados pela nova entidade…».
    Claro que, na realidade, e no momento de apresentação da proposta de constituição da nova entidade, o argumento mais relevante, repetidamente enfatizado, foi o da necessidade de sanear financeiramente uma sociedade que acumulava 8 anos de prejuízos consecutivos e que vivia à custa do orçamento Municipal.
    Convém, porque o tempo foi passando, relembrar que a EMT só começou a dar prejuízo apartir de 1998 e que, apartir de 2004, o Município se transformou no acionista principal da empresa, uma vez que efetuou um aumento de capital em que apenas alguns dos acionistas quiseram participar e que resultou num encaixe de €50.000,00. Esta manobra colocou 81% do capital nas mãos do Município e, desta forma, a força necessária para extinguir a empresa, ato consumado em 2006.
    Para enquadrar a realidade da empresa, em 2005, o subsídio do Município à EMT foi de €224.460,00. Nesse mesmo ano, a EMT teve €117.444,62 de prejuízos e tinha capitais próprios negativos em cerca de €184.285,07. Gastava €125.953,70 com os salários e prestações sociais de 11 funcionários. Registou vendas no valor de €48.172,78.
    Logo em 2007, o subsídio à exploração da Naturfafe foi de €375.000,00, ou seja, o aumento do valor transferido pelo Município (€150.540,00) em relação ao que entregava à EMT, permitiria cobrir o prejuízo do seu exercício, colocando os capitais a escassos €34.000,00 de serem positivos…
    Em 2007, a Naturfafe tinha 14 funcionários e gastava €204.354,26 em salários e prestações sociais. Fechou a ano com €1.847,82 de lucro. Registou vendas de €77.100,25.

    ResponderEliminar
  6. Pretendia-se que a Naturfafe não tivesse como «…objetivo principal o lucro, mas apenas a sua sustentabilidade…», objetivo para o qual deveria «…caminhar a prazo…».
    Os factos vêm, no entanto, desmentir esse propósito. Se não, veja-se:
    a) Nos anos de 2010 e 2011 as verbas transferidas pelo município totalizaram cerca de €1.000.000,00. Os subsídios transferidos pela Câmara representam, em média, 75% das receitas da Naturfafe. O Município transfere, em média, €500.000,00 euros por ano para a Naturfafe.
    b) Os gastos com pessoal, nos anos de 2010 e 2011, totalizaram cerca de €750.000,00 euros. 80% do montante transferido pelo município, destina-se ao pagamento de salários. A Naturfafe gasta, em salários, mais de duas vezes do que consegue arrecadar em receitas próprias. Os custos com pessoal, em 2007, foram de €205.000,00 euros e, em 2011, de €370.000,00 euros, o que corresponde a um aumento de 80%.
    c) A Narturfafe gasta, em média, 4 vezes mais do que as receitas que consegue gerar.
    d) Em 2011 a Naturfafe apresentou prejuízos superiores a €48.000,00 euros.
    e) Os custos operacionais da Naturfafe, desde a sua existência, aumentaram 35%.
    Estamos, como se verifica da análise das contas da empresa, a caminhar precisamente na direção oposta. Os números são claros!
    Estes resultados seriam ainda piores se a Naturfafe não arrecadasse toda a receita da bilheteira do Teatro Cinema, sem ter qualquer encargo com a sua programação, suportada pelo orçamento do Município.
    Em conclusão, e olhando para as contas de 2011, a Naturfafe tem um passivo maior que o ativo, o que significa que a Naturfafe é uma empresa falida.
    Como se não bastassem os resultados contabilísticos da empresa, foi, entretanto, publicado o regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais (Lei n.º 50/2012 de 31 de Agosto).
    Tendo entrado em vigor a 1 de Setembro de 2012, aplica-se, de acordo com o previsto no nº 3, do artigo 1.º, à participação em cooperativas pelos municípios.

    ResponderEliminar
  7. O artigo 70º refere que as entidades públicas participantes, no prazo de 6 meses após a entrada em vigor da presente lei (ou seja, até 1 de Março de 2013), devem determinar a dissolução ou, em alternativa, a alienação integral das respetivas participações, quando as entidades e sociedades incorram nas situações referidas no n.º1 do art. 62.º e no art. 66.º, ou seja:
    a) Quando as vendas e prestações de serviços realizados durante os últimos três anos não cubram, pelo menos, 50% dos gastos totais dos respetivos exercícios;
    b) Quando se verificar que, nos últimos três anos, o peso contributivo dos subsídios à exploração é superior a 50% das suas receitas;
    c) Quando se verificar que, nos últimos três anos, o valor do resultado operacional subtraído ao mesmo o valor correspondente às amortizações e às depreciações é negativo;
    d) Quando se verificar que, nos últimos três anos, o resultado líquido é negativo.
    Ora, a Naturfafe, como expresso anteriormente, está na situação descrita nas alíneas a) e b), daí dever ser determinada a alienação da participação do município nesta cooperativa.
    Estou convencido, que o Governo, quando pensou em criar regras para as empresas com participações de entidades públicas ao publicar a Lei 50/2012, estava a pensar na Naturfafe
    Finalmente, registe-se, pelo incidente merecer destaque pelo inusitado da situação, que a escritura pública de constituição da Naturfafe foi celebrada em 30 de Agosto de 2006, tendo o seu registo sido efectuado a 30 de Agosto de 2011.
    Assim, ao abrigo do disposto no art. 16.º do C. Cooperativo (Lei n.º 51/96), esta só ganhou personalidade jurídica após o registo da sua constituição, ou seja, após 30 de Agosto de 2011.
    Como é que a CMF atribui subsídios a uma entidade sem personalidade jurídica?!
    Pelo exposto, é imperioso que se estude uma alternativa para a promoção do turismo, desporto, cultura e tempos livres em Fafe e, bem assim, que se defina o futuro dos trabalhadores daquela cooperativa.
    Para finalizar, acrescento três coisas:
    - Como se pode pedir um parecer sobre a legalidade de uma empresa a um advogado (Dr. Salvador) que é cunhado do administrador da empresa (Sr. Teixeira Alves)?
    - Como pode a imprensa local, no artigo dedicado ao assunto, esquecer de referir que para além do parecer anteriormente referido, lido na reunião de câmara, também foi apresentado, pelo vereador Eng. Vitor, um parecer da CM de Guimarães, para uma situação similar, que indicava o encerramento?
    - Se o Município que manter a empresa, mesmo contornando a lei, então que a entregue a quem sabe do assunto. Que te nomeiem administrador!

    ResponderEliminar
  8. Começando pelo fim, Miguel Summavielle, sinto-me lisonjeado com a tua sugestão mas há muito mais em Fafe quem saiba de turismo e, pelo menos para já, não estou à procura de trabalho (ou emprego, como lhe queiram chamar).
    O teu comentário é extenso e não posso nem tenho conhecimento suficiente para corroborar ou contrariar aquilo que escreves, pelo menos no que à EMT diz respeito.
    A Naturfafe enferma de desequilíbrios graves sendo que o maior de todos é, de facto, o peso dos custos com pessoal no orçamento da cooperativa.
    O resto deriva da falta de «… mais dinâmica e maior profissionalismo…».
    Profissionalizar a gestão não foi uma boa medida e não tenho qualquer pejo em afirmar que o administrador-delegado foi, por diversas razões, um erro de casting.
    Ainda assim, os teus números carecem de alguma explicação porque penso que os aumentos de custos com pessoal entre 2007 e 2011 estão relacionadas com horas extraordinárias no Teatro-Cinema, situação entretanto corrigida através de uma diferente gestão dos recursos humanos (embora a decisão não tenha vindo da tal gestão profissionalizada mas, antes, do Presidente da Direcção). Aqui também não concordo contigo porque a Naturfafe contratou pessoal técnico para o Teatro e que, quase te posso garantir, toda a receita de bilheteira não paga, nem de perto, o custo desses técnicos.
    Em resumo, parece que estamos todos de acordo quanto ao facto de ESTA Naturfafe não servir os interesses de Fafe. É preciso agora haver coragem para encontrar a melhor solução sendo que não me parece que o encerramento seja solução até por imperativos legais.

    ResponderEliminar
  9. Ricardo,
    Desculpa a insistência mas quando dizes que há muito quem saiba de turismo, referes-te a pessoas que são responsáveis pela exploração das suas empresas e, portanto, sabem o que significa ter que colocar dinheiro do seu bolso quando algo corre mal, ou falas de pessoas que têm formação na área mas sempre estiveram sobre o chapéu do sector público?
    Sei bem que não precisas de emprego ou trabalho! Coloco-te a questão da forma inversa. Quem precisa de um gestor experiente e competente, com provas de sucesso no sector, é a Naturfafe, isto, claro está, se querem que subsista.
    Para isso teriam que te dar “carta-branca” para moldares a estrutura à tua imagem e às regras de sustentabilidade indispensáveis. Infelizmente, mesmo havendo acordo PS/PSD, não creio que se concretize. É assim a lógica partidária: os boys têm sempre precedência…
    Não faz mal, no fim, como aconteceu no BPN, pagamos todos!

    ResponderEliminar
  10. Um último aspeto que me esqueci de referir.
    No orçamento para 2014, a rúbrica onde habitualmente era lançado o valor do subsídio à Naturfafe estava a zero.
    Sabes porquê? Para se poder utilizar a “porta do fundo” e pagar à Naturfafe como se de uma prestação de serviços se tratasse, dando um pouco mais de força à opinião sustentada pelo Município de que, neste caso, não se aplicam as leis da República.
    A esperteza dos Tugas…

    ResponderEliminar
  11. Miguel:
    o fardo que carrego já é suficientemente pesado.
    Há, em Fafe, gente capaz, repito, para navegar aquela nau. Fiz parte do corpo docente do curso de turismo do IESF e passaram por lá muitos que teriam essa força.
    Estarei sempre disponível (como estive até aqui) para trabalhar em conjunto com os quadros da Naturfafe, visando o bem maior: o desenvolvimento turístico de Fafe. Aliás, penso que serei mais útil trabalhando na minha empresa, fazendo bem o meu trabalho porque o meu bem será o bem de Fafe também.
    Quanto ao orçamento para 2014 não sabia desse "pormenor" mas fica registado e ficarei atento a esses desenvolvimentos. Penso que a justificação será a incerteza acerca do futuro da naturfafe quando se fez o orçamento (ainda para mais elaborado "em cima do joelho"). Ou antes, espero que seja isso!!!!
    Não referi, ainda, que há anos que chamo a atenção, em sede própria, para a necessidade de trazer mais cooperantes. Não pelas entradas de capital (que seriam sempre pouco relevantes) mas pelo aporte de massa crítica.
    Actualmente, praticamente todos os cooperantes fazem parte dos órgão sociais (penso que só a Quinta de Naíde não faz parte deste elenco). Alguns dos empreendimentos turísticos mais relevantes de Fafe estão fora da Naturfafe. Alguém consegue perceber porquê?

    ResponderEliminar
  12. Uma coisa e certa,com NaturFafe,ou sem NaturFafe, os varios promotores turisticos de Fafe,tem que se unir e desenvolver Fafe como um ponto TURISTICO RURAL,explorar o que de bom temos em Fafe!

    ResponderEliminar
  13. Esse tem de ser o espírito, Fernando Machado!

    ResponderEliminar
  14. Li rapidamente os textos acima e não tenho toda a informação ou conhecimento total do funcionamento da Naturfafe, no entanto ela existe, o que considero já muito importante para Fafe. Se se tem trabalhado mal ou não se tem trabalhado bem, só isso , por si, é positivo, ou seja, estão identificadas as ameaças e as oportunidades - para não falar da análise SWOT - e a partir de agora acho que o trabalho a fazer é integrar todos os agentes locais que têm ligações ao turismo e procurar, com a união de todos - e porque todos sairão beneficiados - traçar uma estratégia a curto prazo, 5 anos, estabelecer e programar um calendário de eventos comum, incluam-se aqui as coletividades: culturais, desportivas, etc., e estou certo de que dentro de poucos anos o turismo em Fafe será um sucesso e teremos mais empregos e melhor economia.
    Uma coisa é certa: tem de haver uma liderança forte na Naturfafe e termos a capacidade de verificarmos, conscientemente, de que a Câmara precisa da Naturfafe, a Naturfafe precisa da Câmara, e o turismo em Fafe precisa da Câmara e da Naturfafe (ou outro organismo da mesma índole)
    Não se deite fora o bom (conhecimento) que já existe porque, se o fizermos, sairá muito dispendioso, melhorar é possível.
    Como em tudo na vida, é preciso trabalhar muito para se atingir o sucesso e a excelência. Acho que a Naturfafe é capaz de ultrapassar essas dificuldades e de superar as expetativas. Assim o esperamos.
    Cumprimentos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Com trabalho e vontade as coisas tornam-se mais fáceis, não é? Obrigado pelo comentário e pela partilha da sua visão.

      Eliminar
    2. Um dos Problemas da naturfafe é tambem ter metade dos funcionarios a não fazer nada o resto do ano só tem trabalho nas festas da cidade...não ha controlo...alguns até tem tempo para trabalhar fóra....Fazem o que bem lhe apetece... e se forem fazer uma vista ao M.. de A.... em periudo de férias de verão..bater a porta antes de entrar.não esta a recepcionista habitual a R......está outra colega... vai ter com ela outro colega.......podem encontrar surpresas......os nossos impostos servem para estas brincadeiras....

      Eliminar

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu contributo.

Mensagens populares deste blogue

SELVAGENS!!!!

Imagem retirada de http://cm-fafe.pt Volto a este espaço, há muito deserto, para expressar a minha repulsa pelas atitudes do Município de Fafe no abate arbitrário de árvores no espaço urbano. Não há qualquer relatório que justifique estes atentados que quem nos governa (?) tem praticado até porque aquele que, supostamente escuda este "crime" não diagnostica nenhuma doença insanável. É terrorismo puro e simples que procura respaldo em técnicos de uma instituição respeitada. Quem quiser ler o relatório encontrá-lo-á aqui  . Não está em questão o valor do património natural destes espécimes mas mais uma acção que demonstra a insensibilidade que habita na 5 de Outubro e que tinha sido bem demonstrada no ataque às árvores da Praça da Liberdade.  Aproveito a oportunidade para lembrar que a Praça 25 de Abril sofreu uma profunda requalificação há não muito tempo e quem perder um bocadinho de tempo a ler o relatório de conforto que o Município divulgou constatar

Grato pela atenção

Imagem retirada da internet Ao fim de 7 meses e 10.000 visualizações, sinto-me honrado pela atenção que dezenas de pessoas entendem dedicar aquilo que escrevo aqui.  Confesso que, à partida, não tinha quaisquer expectativas acerca do impacto que a minha intervenção iria gerar ou do interesse que poderia suscitar. Foram vários os temas que foquei. Uns de carácter mais pessoal que reflectem o comprometimento que estabeleci. Outros de carácter mais interventivo, fruto da minha faculdade de pensar e ter opinião. Reafirmo o meu compromisso de fidelidade às minhas ideias e à verdade. Doa a quem doer e sem medo de enfrentar, olhos nos olhos, quem, eventualmente, se sinta desconfortável com os meus textos. Nunca entrei, nem entrarei, em questões pessoais e a minha análise será sempre aos aspectos públicos de pessoas ou instituições. Não posso deixar passar sem agradecer os vossos comentários (mantenho os comentários totalmente abertos e livres), as palavras de incentivo que mu

Parcídio vs Moncho

           VS Nos últimos dias, os media têm trazido a público um novo ataque dos IPF ao projecto Fafe Cidade das Artes, em geral, e a Moncho Rodriguez, em particular. Francamente, do que li e ouvi, não fui capaz de retirar uma razão objectiva para a oposição dos IPF e de Parcidio Summavielle. Tirando a parte do FCA ser um projecto pago pelo município. Criticas à valia do projecto, à sua dimensão artística, técnica ou pedagógica, não captei. Pela informação que tenho, instituições como a Coopfafe e o ACR de Fornelos, instituições dirigidas por vereadores deste movimento político, foram (ainda são?) receptoras de acções incluídas neste projecto artístico. E muito bem, em minha opinião. No entanto, a ser verdade que essa colaboração existiu, tenho alguma dificuldade em aceitar esta postura dos vereadores dos IPF e do seu líder (particularmente agressivo nas últimas intervenções). Claro que todos temos direito a elogiar ou criticar esta ou aquela ideia desde que manten