Avançar para o conteúdo principal

Política de Natalidade




Cada vez mais me convenço que não temos políticos com pensamento no futuro.
Seja por falta de capacidade seja por oportunismo político ou, ainda, pela premência das tarefas que lhes são confiadas certo é que sucessivos governos têm "tropeçado" na queda da taxa de natalidade em Portugal e nada tem sido feito.
A falta de uma taxa de natalidade que assegure a substituição de gerações trará graves implicações futuras e não se vislumbra vontade (ou capacidade) para atacar este problema. Há anos que várias pessoas alertam para a necessidade de inverter estes números mas quem tem tido o poder de decisão nada faz.
Esta inércia é a causa de quase todos os nossos problemas. O "quem vier a seguir que resolva" tem sido inimigo de serem encontradas soluções menos dolorosas. Só quando vemos o fundo do poço é que procuramos nova fonte.
Falta uma política de apoio à natalidade, faltam apoios ao casal e à criança, falta protecção no emprego para os pais, as famílias não são já a "âncora" que eram no passado. Cada vez mais os nossos jovens sentem que estão numa luta desigual entre o que querem e o que podem.
Medidas simples de fiscalidade não serão a varinha mágica que fará disparar os nascimentos mas ajudarão aqueles que ainda se aventuram a ter (mais) um filho.
Discriminação positiva no acesso à habitação, incentivos fiscais mais evidentes, abono de família (mas um valor sério que poderia resultar da reformulação do RSI), fiscalidade dos produtos essenciais para criar um filho (nomeadamente nas taxas de IVA), isenção de taxas moderadoras no SNS nas consultas de especialidade. Estas são algumas ideias e muitas mais se poderão acrescentar que têm o efeito de promover a natalidade salvando um país.
As autarquias têm, também, de ser mais competitivas a este nível e, principalmente na área da habitação social, podem fazer o seu papel.
Este é um problema sério que tarda em ser enfrentado.
Vamos lá.
Até já!!!!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

SELVAGENS!!!!

Imagem retirada de http://cm-fafe.pt Volto a este espaço, há muito deserto, para expressar a minha repulsa pelas atitudes do Município de Fafe no abate arbitrário de árvores no espaço urbano. Não há qualquer relatório que justifique estes atentados que quem nos governa (?) tem praticado até porque aquele que, supostamente escuda este "crime" não diagnostica nenhuma doença insanável. É terrorismo puro e simples que procura respaldo em técnicos de uma instituição respeitada. Quem quiser ler o relatório encontrá-lo-á aqui  . Não está em questão o valor do património natural destes espécimes mas mais uma acção que demonstra a insensibilidade que habita na 5 de Outubro e que tinha sido bem demonstrada no ataque às árvores da Praça da Liberdade.  Aproveito a oportunidade para lembrar que a Praça 25 de Abril sofreu uma profunda requalificação há não muito tempo e quem perder um bocadinho de tempo a ler o relatório de conforto que o Município divulgou constatar

Grato pela atenção

Imagem retirada da internet Ao fim de 7 meses e 10.000 visualizações, sinto-me honrado pela atenção que dezenas de pessoas entendem dedicar aquilo que escrevo aqui.  Confesso que, à partida, não tinha quaisquer expectativas acerca do impacto que a minha intervenção iria gerar ou do interesse que poderia suscitar. Foram vários os temas que foquei. Uns de carácter mais pessoal que reflectem o comprometimento que estabeleci. Outros de carácter mais interventivo, fruto da minha faculdade de pensar e ter opinião. Reafirmo o meu compromisso de fidelidade às minhas ideias e à verdade. Doa a quem doer e sem medo de enfrentar, olhos nos olhos, quem, eventualmente, se sinta desconfortável com os meus textos. Nunca entrei, nem entrarei, em questões pessoais e a minha análise será sempre aos aspectos públicos de pessoas ou instituições. Não posso deixar passar sem agradecer os vossos comentários (mantenho os comentários totalmente abertos e livres), as palavras de incentivo que mu

Parcídio vs Moncho

           VS Nos últimos dias, os media têm trazido a público um novo ataque dos IPF ao projecto Fafe Cidade das Artes, em geral, e a Moncho Rodriguez, em particular. Francamente, do que li e ouvi, não fui capaz de retirar uma razão objectiva para a oposição dos IPF e de Parcidio Summavielle. Tirando a parte do FCA ser um projecto pago pelo município. Criticas à valia do projecto, à sua dimensão artística, técnica ou pedagógica, não captei. Pela informação que tenho, instituições como a Coopfafe e o ACR de Fornelos, instituições dirigidas por vereadores deste movimento político, foram (ainda são?) receptoras de acções incluídas neste projecto artístico. E muito bem, em minha opinião. No entanto, a ser verdade que essa colaboração existiu, tenho alguma dificuldade em aceitar esta postura dos vereadores dos IPF e do seu líder (particularmente agressivo nas últimas intervenções). Claro que todos temos direito a elogiar ou criticar esta ou aquela ideia desde que manten