Muito se vem falando acerca do desinteresse das pessoas pela política e a falta de ligação entre elas e os partidos políticos. Eu, por exemplo, nunca fui atraído pela vida partidária não abdicando, no entanto, da minha participação cívica e do pensamento político.
Os partidos políticos são financiados por todos nós. Quer no pagamento das suas despesas ordinárias quer no financiamento das campanhas eleitorais.
Via Orçamento do Estado mas, também, com um conjunto de legislação que confere facilidades aos "actores" políticos (nomeadamente a nível de isenções de impostos e taxas como o IRC, IMI, IMT, IVA, IUC, entre outros).
Isso devia fazer com que estas organizações se preocupassem em fazer bem o seu trabalho aplicando o dinheiro de todos nós em algo de útil.
Não é isso que se passa.
Esses valores são utilizados para pagar a funcionários, consultores, motoristas, assessores de imprensa e outros profissionais.
Dessa subvenção não resulta uma melhor preparação dos nossos políticos mas a diminuição da taxa de desemprego. Esses lugares são, normalmente ocupados, pelos ex "coladores de cartazes" que, assim, iniciam a sua "carreira política" paga por todos nós.
Este afastamento e descredibilização dos partidos na sociedade reflecte-se na menor capacidade de atrair financiadores (as regras mais apertadas e menos generosas também não ajudam) o que os torna ainda mais dependentes das subvenções estatais.
O recente episódio do financiamento da campanha das autárquicas em que o PS, se esqueceu de aplicar a lei do financiamento dos partidos (ao contrário de todos os outros!!!!) reflecte a forma como os partidos tratam os dinheiros públicos: com ligeireza e impreparação.
É aqui que eu pretendo chegar: os partidos deverão ser os primeiros a ser rigorosos na gestão das verbas que lhe são concedidas. Isso não acontece e também não tem lugar quando eles ocupam os lugares de decisão.
Salvo raras excepções os movimentos independentes que têm surgido não têm alterado, significativamente, este cenário. Antes de mais porque de independente a maioria tem, apenas, a designação porque tratam-se de projectos pessoais de alguns dissidentes. Depois porque parte do discurso deles não "descola" daquilo que os partidos "convencionais" dizem há 40 anos.
É este o nosso panorama politico-partidário. Triste panorama, digo eu!
Até já!!!!
Começa a chatear-me o facto de uns cobardolas de merda confundirem o Ricardo Gonçalves com os habituais jogadores políticos da nossa terra. Os cobardolas de que falo são anónimos, mas não tanto como cuidam.
ResponderEliminarO Ricardo escreve aqui as suas ideias - IDEIAS! -, mas os onzeneiros de serviço (ao serviço de quem?), sem argumentos para o debate e sem tomates para a confrontação, lançam pedrinhas e fogem, mas em blogues colaterais.
Devo favores impagáveis ao pai do Ricardo. Conheci o Ricardo quando ele era miúdo e nunca mais me lembrei dele, até ter percebido, aqui atrasado, o oásis de competência e sensatez que Fafe ali tem e desperdiça.
O Ricardo Gonçalves é, hoje em dia, muito mais do que o filho do Chiquinho da Azenha, que era o que eu pensava que ele era.
Por causa dos cobardolas e onzeneiros, que se sentem picados mas querem fazer de conta que este blogue não existe, passo a "comentar" - aqui - tudo o que o Ricardo escreva. Será apenas um "Ok" ou um "Deita-te cedo", mas cá estarei. Sempre.
Chamo-me Hernâni Von Doellinger.
h.
Hernâni,
ResponderEliminaragradeço as tuas palavras e a tua defesa das ideias.
Nada que me admire porque já há muito leio o que escreves e contigo aprendi que dizer aquilo que pensamos, além do mais, é libertador.
Bem diferente de disparar umas "bocas" a coberto do anonimato.
Incomoda um pouco (não vou dizer que não) mas temos de aceitar isso e não nos deixarmos diminuir por esse tipo de gente.
Quanto a deitar-me cedo escusas de me recomendar porque isso já eu faço.
Um grande abraço