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A poucos dias de assinalarmos a passagem do 40º aniversário da "Revolução dos Cravos", interrogo-me acerca daquilo que a data representa para o Portugal do século XXI.
A minha geração foi, provavelmente, aquela que se começou a desligar do verdadeiro significado da passagem do regime. Em 1974 estava, ainda, em idade pré-escolar e a minha consciência política era, como calculam, nula. Lembro-me, vagamente, de explosões de "bombas" (uma delas a escassos metros do sítio onde vivia), agitação nas ruas, manifestações mas não tinha discernimento para distinguir esses acontecimentos das festas da srª de Antime ou dos "16 de Maio".
Fruto da liberdade recém-conquistada, tive uma adolescência bastante politizada em que ainda havia um certo romantismo nessa actividade e em que colar cartazes e empunhar bandeiras não era, ainda, o início de uma carreira! Nessa altura dominava uma visão maniqueísta da dicotomia esquerda\direita algo que se foi esbatendo, principalmente, após a era cavaquista.
A minha vida adulta foi toda vivida em liberdade plena e, por isso, não tenho a amargura da vivência nos "tempos da outra senhora". Aproveito a oportunidade para agradecer a todos quantos lutaram para que isso acontecesse.
Trago agora a este espaço a reflexão sobre aquilo que HOJE faz sentido evocar a propósito da data. O 25 de Abril não é propriedade de ninguém e já se torna insuportável ouvir sempre os mesmos discursos, proferidos pelas mesmas pessoas e espartilhando o acontecimento nos anos 70 do século passado.
No final de mais um mandato do FMI, o terceiro nestes 40 anos de liberdade, seria de esperar que a data motivasse uma reflexão sobre aquilo que queremos para o nosso futuro. Em vez de nos centrarmos na evocação do passado proporia celebrarmos...o futuro.
Penso que o mais importante não é ter a liberdade mas aquilo que fazemos com ela.
Já vamos atrasados para uma ideia de um país livre, democrático, justo?
Penso que não mas é preciso "arrepiar" caminho.
Até já!!!!
No final de mais um mandato do FMI, o terceiro nestes 40 anos de liberdade, seria de esperar que a data motivasse uma reflexão sobre aquilo que queremos para o nosso futuro. Em vez de nos centrarmos na evocação do passado proporia celebrarmos...o futuro.
Penso que o mais importante não é ter a liberdade mas aquilo que fazemos com ela.
Já vamos atrasados para uma ideia de um país livre, democrático, justo?
Penso que não mas é preciso "arrepiar" caminho.
Até já!!!!
Aplaudo, Ricardo! Acordo pleno! Abraço.
ResponderEliminarOlho no retrovisor nunca fez mal a ninguém, mesmo que seja para a frente o caminho. Creio até que é de lei.
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