Reafirmo o que aqui disse há uns tempos: a actualidade política em Fafe está cada vez mais interessante!
Este início de ano marca o início do fim de um processo longo, cheio de trapalhadas e revelador de uma certa passividade em relação aos acontecimentos. O fecho da proposta da revisão do PDM chega com mais de 10 anos de atraso e com virtudes ainda por provar mas vem encerrar uma das mais obscuras histórias da autarquia fafense.
Umbilicalmente ligado a este processo está o vereador Eugénio Marinho que fez deste processo um dos seus "cavalos de batalha". Quer em campanha eleitoral, quer na sua acção executiva, o eleito pelo PSD sempre fez da revisão do plano director municipal uma das prioridades e inicia o ano de 2015 com um grande feito político.
Obviamente teve a "cobertura" do restante executivo mas esta é muito mais uma vitória pessoal do que dos seus pares na câmara. Uma palavra para os técnicos do município, especialmente ao engenheiro Hélder Vale, que, sendo os mesmos de outras governações, deram um sinal de que o problema não era de índole técnica.
Olhando para a frente, vejo com mais facilidade uma campanha eleitoral do PSD ancorada na acção executiva dos seus vereadores (não esquecer a acção muito eficaz embora menos visível do vereador José Baptista) e começo a não perceber como vai fazer o PS a sua campanha sem hostilizar o seu parceiro de coligação e manter os IPF à distância.
Estes últimos têm vindo a desempenhar muito bem aquela que parece uma estratégia de defesa do interesse geral sem, contudo, abdicar das suas posições de princípio. Não se coíbem de fazer propostas, de aprovar aquilo que é consensual, criticando e reprovando outras que lhes parecem não ser assim tão virtuosas. Curiosamente, pelo que tenho acompanhado, tem sido o vereador Vitor Silva a ter o ónus dos temas mais contundentes ficando Parcídio Summavielle reservado para os temas mais "simpáticos".
É tempo dos restantes eleitos do PS assumirem o "palco" não deixando o Presidente, Raul Cunha, responsável por todas as despesas de apresentar trabalho. Os vereadores Helena Lemos e Vitor Moreira, de perfil mais técnico, têm de assumir mais o trabalho político e ao vereador Pompeu Martins aconselho que explique melhor as suas propostas que considero, genericamente, interessantes mas com peso orçamental significativo e, por isso, menos populares.
Ainda falta muito tempo para sermos chamados a validar estas ideias em eleições mas o panorama que se coloca, neste momento, é deveras complicado para o PS-Fafe. Curiosamente num dos mandatos com uma acção mais meritória. Sinal de que as maiorias absolutas não são tão benéficas como nos querem fazer pensar. Em minha opinião, claro.
Até já!!!!
Comentários
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu contributo.