Este espaço tem andado "adormecido" muito à imagem de um país em suspenso das decisões dos nossos políticos. De facto, os acontecimentos têm sido tantos e tão rápidos que tenho sido surpreendido pela sua dinâmica que não permite uma opinião amadurecida.
Nesta altura dos acontecimentos quero deixar o meu agradecimento ao Primeiro-Ministro ontem derrubado pelo trabalho desenvolvido pelo seu anterior governo. Não estendo esse cumprimento ao seu vice porque entendo que não o merece, embora no seu partido, o CDS, haja quem também tenha "remado" na mesma direcção.
Infelizmente não iremos ver o que faria Passos Coelho numa conjuntura diferente mas o resultado das eleições ditaram este possível arranjo. Quando decidi votar na coligação "Portugal à Frente" optei pela proposta que me parecia a mais confiável e disso não me arrependo.
Aparentemente, será a vez do PS formar o seu governo. Confesso que gosto de muitas coisas que estão no seu programa mas desconfio (agora ainda mais) da sua exequibilidade neste tempo de incerteza.
Desde logo não gosto da filosofia já testada e reprovada do crescimento económico pelo aumento do rendimento disponível. Num país que produz muito pouco o desequilíbrio da balança comercial será a primeira das más notícias.
Temo, também, que a conjuntura externa se altere e as projecções do já famoso "cenário macro-económico" sirvam para pouco mais do que papel de rascunho. Não esqueçamos que muitos dos "conseguimentos" (a lembrar Assunção Esteves) do anterior governo foram resultado desse ambiente favorável.
Por último e não menos importante, o espartilho que o partido do governo terá nos seus "apoiantes". Estejamos todos cientes que BE e PCP serão uma muleta do governo na Assembleia da República quando (e apenas) estiverem em discussão assuntos simpáticos. Até porque estes partidos terão apoiar votando favoravelmente. Em condições normais, a abstenção não será suficiente.
Até já!!!!
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