Avançar para o conteúdo principal

O novo mapa político



Portugal escolheu mudar...poucochinho!!!!

É um facto indesmentível que a coligação Portugal à Frente foi a força política mais votada. Ainda não é um facto (embora seja provável) que o PSD seja o partido político com mais mandatos na AR ontem eleita. É um facto que a tão aclamada campanha do BE teve reflexo na votação obtida com um crescimento exponencial do número de deputados. É um facto que, em relação a 2001, o PS subiu a sua votação, elegeu mais deputados e contribuiu para retirar a maioria absoluta aos partidos que governaram nos últimos anos. 

Factos que são traduzidos pela votação de ontem que viu a abstenção subir novamente e que muito provavelmente terá a sua explicação na quantidade de inscritos que não estão no país.

Curiosamente, o maior de todos os derrotados de ontem é António Costa que, mais do que não ganhar a eleição, conseguiu perder, algo que poucos acreditariam ser possível há não muito tempo. O mesmo António Costa que "despediu" o anterior líder do partido por este ter...vitórias eleitorais!!!! Costa fica no PS após o (quase) desastre de 4 de Outubro e resta saber por quanto tempo e com que condições políticas.

A actual maioria absoluta passa a relativa e esse é um dado de extrema importância para o que nos espera. Governos minoritários têm necessariamente de fazer concessões e muito gostaria de ver algumas medidas do programa do PS a serem implementadas. Falta saber por quanto tempo vai ser possível aguentar essa correlação de forças.

Outro facto que resulta do acto eleitoral é a confortável decisão do PR. Em final de mandato e com níveis de popularidade abaixo do que é aceitável, tudo apontava para uma delicada decisão do Presidente algo que a votação veio aligeirar. Papel muito importante terá o sucessor de Cavaco na gestão do tempo político. Essa eleição ganhou uma importância que há muito não tinha e isso explicará, em parte, a decisão de António Costa se manter à frente do PS.

Até já!!!!


Comentários

Mensagens populares deste blogue

A mal-amada Naturfafe

Começo por esclarecer: represento 13% do capital da Naturfafe, sou director desta cooperativa desde a sua fundação até aos dias de hoje, elaborei a sua definição estratégica, colaborei com outro director (da parte privada) numa proposta de reorganização dos recursos humanos e sempre estive comprometido com o seu objectivo e, por isso, dediquei muitas horas do meu tempo a esta instituição. Nada do que é dito acima me retira o espírito crítico (de auto-crítica, também) e continuo a sentir-me livre para emitir uma opinião desta vez até numa perspectiva diferente. Desta vez faço parte do sujeito que, desde o seu aparecimento, foi olhada com desconfiança e descrença. O que era uma boa ideia rapidamente passou a ser desvirtuada. Desde logo com a nomeação do seu administrador-delegado, António Teixeira Alves, figura que havia saído do executivo (onde tutelava a actividade) bastante fragilizado por declarações públicas do antigo presidente da câmara, José Ribeiro. O objecto apresenta...

SELVAGENS!!!!

Imagem retirada de http://cm-fafe.pt Volto a este espaço, há muito deserto, para expressar a minha repulsa pelas atitudes do Município de Fafe no abate arbitrário de árvores no espaço urbano. Não há qualquer relatório que justifique estes atentados que quem nos governa (?) tem praticado até porque aquele que, supostamente escuda este "crime" não diagnostica nenhuma doença insanável. É terrorismo puro e simples que procura respaldo em técnicos de uma instituição respeitada. Quem quiser ler o relatório encontrá-lo-á aqui  . Não está em questão o valor do património natural destes espécimes mas mais uma acção que demonstra a insensibilidade que habita na 5 de Outubro e que tinha sido bem demonstrada no ataque às árvores da Praça da Liberdade.  Aproveito a oportunidade para lembrar que a Praça 25 de Abril sofreu uma profunda requalificação há não muito tempo e quem perder um bocadinho de tempo a ler o relatório de conforto que o Município divulgou const...

Parcídio vs Moncho

           VS Nos últimos dias, os media têm trazido a público um novo ataque dos IPF ao projecto Fafe Cidade das Artes, em geral, e a Moncho Rodriguez, em particular. Francamente, do que li e ouvi, não fui capaz de retirar uma razão objectiva para a oposição dos IPF e de Parcidio Summavielle. Tirando a parte do FCA ser um projecto pago pelo município. Criticas à valia do projecto, à sua dimensão artística, técnica ou pedagógica, não captei. Pela informação que tenho, instituições como a Coopfafe e o ACR de Fornelos, instituições dirigidas por vereadores deste movimento político, foram (ainda são?) receptoras de acções incluídas neste projecto artístico. E muito bem, em minha opinião. No entanto, a ser verdade que essa colaboração existiu, tenho alguma dificuldade em aceitar esta postura dos vereadores dos IPF e do seu líder (particularmente agressivo nas últimas intervenções). Claro que todos temos direito a elogiar ou criticar esta ou ...