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Debate "O Turismo em Fafe"


O debate sobre Turismo organizado pelo Club Alfa e que teve lugar no dia 7 de Junho, no Club Fafense, apresentou visões muito diferenciadas acerca do que este sector pode representar para Fafe.

Mais do que aquilo que os separa importa aqui destacar o que une os opinadores que foram convidados a apresentar a sua visão.

É opinião consensual que Fafe não tem potencial turístico relevante mas pode chamar atributos para, a partir daí, construir produto turístico.

  •  Desde logo, destaca-se a necessidade de traçar uma estratégia de longo prazo!
  • Dotar Fafe de uma identidade turística, uma “marca”, consonante com a estratégia a definir;
  • Como atributos mais valiosos destacou-se a genuinidade, o verde da paisagem, a ruralidade, a arte de bem receber. Esses são activos importantíssimos e que importa maximizar;
  • A aposta no Turismo no Espaço Rural será consequência lógica deste potencial.
  •  A conservação e extensão da rede de percursos pedestres já existente será um complemento importante à proposta turística;
  • O espelho de água da barragem de Queimadela poderá revestir-se de extrema utilidade quer no que respeita à simples fruição quer, ainda, na proposta de actividades aquáticas;
  • Os eventos poderão ser uma âncora mas a programação deve ser criteriosa e coordenada;
  • Descriminar positivamente a produção em detrimento da compra de programação;
  •  Deve ser dada atenção especial à promoção e comunicação das realizações;
  • Promoção e venda conjunta do produto ficarão mais baratas e serão mais eficazes;
  • Apoio ao empresário ao nível da recolha de informação, legislação, mecanismos de apoio ao investimento, licenciamento, entre outros;
  • Adequar a formação às necessidades dos operadores e do mercado, nomeadamente, o curso de Turismo da ESTF, os cursos profissionais e a formação profissional;
  • Aproveitamento dos espaços públicos para realização de eventos;
  • O aproveitamento de recursos já existentes deverá ser maximizado através de programação contínua e coerente;
  • O turismo em Fafe será sempre de “nichos” logo terá de ser usada uma comunicação muito dirigida;
  •  Deve procurar-se aumentar a permanência do visitante maximizando a receita turística;
  • As entidades públicas devem centrar a sua actuação na regulação, no apoio, na coordenação, na comunicação, na conservação dos espaços públicos, na segurança, na informação, na sinalização turística.
S    Até já!!!!

Comentários

  1. Foi "isto" que se passou? E o vereador achou pouco? Muito gostaria de saber o que é que ele tem para a troca...

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    Respostas
    1. Este é um resumo feito com base na minha memória e nos artigos constantes na revista do Club Alfa.
      Não será de descartar alguma "colherada" daquilo que são as minhas ideias :)))))))

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    2. Caro colega de debate assino por baixo!
      Faria apenas um pequeno grande complemento, a necessidade de alguém que opere a actividade turística, ou seja, um verdadeiro operador turístico.
      Muitos interrogar-se-ão um operador só para Fafe? Porque não? Claro que teria de primar por uma estrutura muito produtiva, mantendo-se o mais aligeirada possível para ser rentável.
      Porque se o “produto” em parte está lá, em parte, porque o turismo também se inventa, há que o saber vender em várias vertentes e na direcção de vários grupos alvo.
      Por exemplo:
      Poderemos ter muitos visitantes a gostar da ruralidade e da montanha, no entanto, os menos jovens gostam de pernoitar num hotel, de percorrer esses espaços rurais de forma confortável, num mini autocarro (penso numa escala inferior à do Futre), indo à procura do artesanato na sua origem. Outros, num estilo mais aventura, podem querer pôr as suas capacidades físicas à prova numa bicicleta de BTT, utilizando um parque de campismo para se acomodarem, experimentando um qualquer desporto náutico como a canoagem em Queimadela.
      Está aqui identificado o turismo de grupo, talvez um dos mais rentáveis.
      Este é só um pequeno e incompleto exemplo, mas é este tipo de programação que alguém deve fazer!
      Da mesma forma com o turismo cultural, com desportos motorizados, golf com karting etc…etc…
      Penso que é por aí que passa a venda desses nichos já identificados, ou seja, agrupar as especificidades das preferências dos visitantes.
      Como já afirmei noutros comentários, é notório, principalmente nas cidades pequenas, haver um certo misticismo de atribuir essa responsabilidade ao poder autárquico. Isso também pode e deve ser alterado…. O Ricardo referiu e bem qual deve ser o papel da Autarquia.
      Claro que o factor económico também pesa, muito mais sendo um privado a ocupar o lugar de operador turístico.

      Caro amigo! Tenho umas ideias… queres que as chute?

      Um Abraço!

      Eliminar
    3. "Chuta" :))))))
      Parcerias parece-me a chave do sucesso da nossa proposta turística.
      Trabalhando de costas voltadas é mais difícil e mais caro.
      Juntos conseguiremos fazer mais, melhor e mais barato.
      Se não houver ninguém disposto a fazê-lo (alguém com a influência, o poder, a "jurisdição") estou disposto a ser parte dessa solução e, podes estar certo, farei a primeira "ponte".
      Um abraço

      Eliminar
  2. Se dúvidas houvesse acerca do caminho a percorrer pelo turismo em Fafe, os privados estão a tratar de as desfazer. Vem isto a propósito da inauguração da Casa de Docim, nova unidade de TER em Fafe.
    A ela se juntam umas quantas mais em fase mais ou menos adiantada de instalação.
    Os privados continuam a substituir a autarquia mas fazem o seu caminho sozinhos e a pulso.
    Era tão fácil fazer diferente!!!!

    ResponderEliminar

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