Foto retirada de www.notíciasdefafe.com
Ao fim de três meses no cargo o presidente do município de Fafe concedeu uma grande entrevista ao Notícias de Fafe.
Foram abordadas as mais prementes áreas da governação e um pouco esquecidos ficaram os temas mais político-partidários até porque o Dr. Raul Cunha não é um político como era (é), por exemplo, o Dr. José Ribeiro.
Retive a diplomacia em relação aos parceiros de governação e à oposição, o reconhecimento da sua falha em puxar o PS para junto de si e a relação com o partido que (não) é o seu.
Simples e eficaz!
O que mais facilmente se retém, até porque tem chamada na primeira página, é a marcação do seu espaço. Agradecendo a herança de contas equilibradas e assumindo os compromissos que vêm do anterior executivo como sendo seus, na entrevista fica claro que este é um novo tempo, com novos protagonistas e com novas opções.
Nada mais normal.
O ano em curso estará muito condicionado por factores de diversa ordem: o facto de o mandato se ter iniciado um pouco mais tarde do que o desejável. Somado a isso há os condicionalismos orçamentais por opções feitas pelo executivo anterior. Por último, o atraso na definição do novo Quadro Comunitário de Apoio condiciona o lançamento de novos projectos.
A isto o novo executivo responde colocando a tónica na conclusão dos processos em curso, na reorganização dos serviços, numa melhor comunicação e num novo estilo de governação, mais descentralizado e mais (assim se deseja, pelo menos) amigo do cidadão.
Algumas referências menos conseguidas foram as que dizem respeito à urbanização José Saramago, ao saneamento, ao bairro da cumieira e ao mercado municipal. Descontando as limitações financeiras (enorme obstáculo, com certeza) senti uma certa falta de "substância" nas ideias. Pode ser impressão minha!
Registo, com agrado, a vontade de, dentro do possível, intervir no Parque da Cidade. Ninguém espera que seja uma prioridade mas todos desejamos que se dedique atenção a um espaço importante para a qualidade de vida dos fafenses.
Em relação à Naturfafe (este tema não podia faltar num post meu) senti que existe compromisso em relação à cooperativa (até pela sua indicação como futuro presidente da mesa da Assembleia-Geral e nomeando a sua secretária, Dra Ana Teixeira para a direcção), registo a participação do PSD na solução, louvo o gesto do Dr Teixeira Alves, pessoa por quem nutro simpatia e consideração mas, reconheço, que não foi feliz na função e assumo a curiosidade em relação aos eventos que o Presidente da câmara lança.
Em resumo, 2014 será um ano de gestão corrente, de preparação para um ciclo de 3 anos que serão marcados pelas opções deste novo executivo.
Esperemos.
Até já!!!!
Caro Ricardo,
ResponderEliminarNa minha opinião, é uma entrevista “a pedido”.
Não noto espontaneidade, todas as respostas parecem estar programadas e é notório que os temas polémicos são aligeirados (ou esquecidos).
Provavelmente, esta é uma entrevista feita “à moda do Povo de Fafe”, ou seja, as perguntas foram previamente enviadas.
Resumindo, desta entrevista não resulta nada de novo. É um roteiro destes 3 meses de governação, onde o entrevistado, em monólogo, esclarece, sem direito a perguntas, com o que tem ocupado o seu tempo.
Sempre pensei que essa fosse a função do Boletim Informativo da CM Fafe.
Miguel, não seria de esperar um balanço, ao fim de tão pouco tempo.
ResponderEliminarPodes considerar que é, ainda, o prolongamento de campanha eleitoral. Um pouco, talvez.
Convenhamos que este executivo não tem muitas (ou nenhumas, mesmo) polémicas e não senti que houvesse "encomenda" de perguntas. No caso da Naturfafe, por exemplo, o assunto foi abordado exaustivamente.
Podemos questionar a oportunidade da entrevista uma vez que ao fim de tão pouco tempo não seria crível que houvesse um "mar" de novidades.
Admito que o teu olhar seja mais político e o meu mais "civil" e, por isso, não estejamos em sintonia.