Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2014

Regionalização

Não sendo um fanático, sou um apoiante da regionalização. Não como forma de criar uma nova classe dirigente mas como forma de fazer "deslizar" os centros de decisão na direcção dos governados. Cada vez mais me convenço que a distância entre uns e outros é uma das principais causas dos males do nosso país. Muitas vezes é usado para travar o processo o argumento  de maior controlo e transparência na gestão de competências e verbas por parte do governo central. Isso não colhe uma vez que há abundantes exemplos do contrário. De qualquer forma, um reforço de serviços de fiscalização seria sempre avisado e, na minha opinião, esse é sempre uma das tarefas fundamentais dos serviços centrais. Para além disso, a concentração de determinados serviços agrava as assimetrias regionais. Só uma profunda remodelação do modelo de governação do país poderá fazer convergir o pib per capita das diferentes regiões. É impressionante a diferença que este indicador apresenta na compara

Futebol-Indústria

Imagem retirada da internet Sou um apaixonado por desporto! Como bom português, não poderia deixar de ser um adepto de futebol embora me confesse um desiludido com os caminhos que esta modalidade tem seguido. Actualmente, sigo, desapaixonadamente, as notícias mas não sou espectador nem, sequer, telespectador. O espírito do futebol como desporto faliu e hoje reina o futebol-indústria com tudo o que isso implica. Não tenho nada contra o futebol enquanto negócio mas já me incomodam muitas das suas implicações. Desde logo a filosofia que se instala desde os mais tenros anos de formação. Não esqueçamos que mais de 90% dos miúdos que passam pelos escalões mais jovens nunca passarão desse patamar. Logo, é muito mais importante formá-los como cidadãos do que como atletas. Aqui incluo técnicos, dirigentes e...pais. Já assisti a situações completamente irreais do comportamento destes agentes "formadores" em que a última coisa a ser acautelada foi a formação dos jo

VERNIZ ESTALADO

Fiquei, sinceramente, surpreendido com as declarações de José Augusto Sousa, anterior líder do PSD-Fafe, impressas no Notícias de Fafe. Sabe-se agora que ele não aprovou a entrada dos candidatos do seu partido no executivo camarário, conferindo estabilidade à governação. Segundo depreendo, agora é uma suposição minha, ele preferia o PS a governar sozinho e em minoria com a instabilidade daí inerente à solução estável encontrada com a entrada de dois vereadores do seu partido. Fazendo uma leitura das suas declarações, a entrada desses dois vereadores corresponde a um projecto pessoal de ambição de poder prejudicando, assim, a estratégia eleitoral do PSD concelhio em futuras eleições. Assume, ainda, a grande derrota eleitoral mas logo se apressa a deitar as culpas ao candidato que ele próprio escolheu.  Na minha opinião, fez muito bem retirar-se da corrida a novo mandato (se bem que não tenha fechado a porta a futuras candidaturas) porque, aparentemente, foi derro

25 de ABRIL!!! SEMPRE?

Imagem retirada da Internet A poucos dias de assinalarmos a passagem do 40º aniversário da "Revolução dos Cravos", interrogo-me acerca daquilo que a data representa para o Portugal do século XXI. A minha geração foi, provavelmente, aquela que se começou a desligar do verdadeiro significado da passagem do regime. Em 1974 estava, ainda, em idade pré-escolar e a minha consciência política era, como calculam, nula. Lembro-me, vagamente, de explosões de "bombas" (uma delas a escassos metros do sítio onde vivia), agitação nas ruas, manifestações mas não tinha discernimento para distinguir esses acontecimentos das festas da srª de Antime ou dos "16 de Maio". Fruto da liberdade recém-conquistada, tive uma adolescência bastante politizada em que ainda havia um certo romantismo nessa actividade e em que colar cartazes e empunhar bandeiras não era, ainda, o início de uma carreira! Nessa altura dominava uma visão maniqueísta da dicotomia esquerda\direita